E-commerce de nicho pode concorrer com gigantes, mas deve investir em experiência
Marcas especializadas em moda estão na frente
m e-commerce de moda pode concorrer em pé de igualdade com um grande marketplace no Brasil? Segundo relatório divulgado nesta terça-feira (21) pelo banco BTG Pactual, a resposta é um sonoro “sim”.
Não só isso, a empresa avalia que já existem dois varejistas com condições de brigar por público com os gigantes do e-commerce nacional. No documento “Brazil retail and internet”, o banco afirma que Lojas Renner e Arezzo, duas marcas especializadas em moda, estão “uns passos à frente” do Magazine Luiza e da B2W.
O principal motivo para isso é a forma como o comércio eletrônico evoluiu no país. “Em mercados maduros, como na China ou nos Estados Unidos, o e-commerce se desenvolveu de forma que era impossível para novas empresas ou lojas de nicho alcançar sucesso”, explica o relatório.
“No Brasil, embora vejamos uma tendência de consolidação entre marketplaces generalistas, com B2W e Magazine Luiza como potenciais vencedores, ainda há espaço para players de nicho, em segmentos como moda, em que Renner e Arezzo estão alguns passos adiante na competição”, crava.
Diferencial
Na visão da BTG, se essas empresas especializadas quiserem se manter competitivas no mercado, elas precisarão focar seus esforços na experiência dos seus usuários.
“Não acreditamos que apenas sendo uma loja de nicho ou especializada é a chave para ter sucesso no e-commerce brasileiro. Apenas aqueles que focarem em oferecer uma experiência do consumidor superior – preferencialmente com um pé no mundo físico, a fim de diminuir os custos logísticos – terão chance de competir [com os marketplaces]”, avalia a instituição.
Por outro lado, os marketplaces deverão tornar-se cada vez mais horizontais. Na visão dos especialistas da BTG, a criação de novas categorias será essencial para esses players.
Por Caio Colagrande, da redação do E-Commerce Brasil
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